Questionado, pelo jornal "i", sobre se achava que a imagem que deixou como primeiro-ministro o prejudicava, Santana Lopes deu esta interessante resposta "De mim nunca disseram que não era licenciado, ou que fiz quatro cadeiras com o mesmo professor, ou que me licenciei num domingo".
Já há quatro anos, em plena campanha eleitoral, em que circulava o boato de que Sócrates era homossexual (coisa horrível, talvez só ao nível de comer criancinhas, como fazem os comunistas), Santana Lopes nos tinha oferecido uma pérola do discurso político: estava ele num jantar oferecido por um grupo de mulheres e diz à comunicação social que era muito bom receber aquele carinho, aquele colo, mas "há quem prefira outros colos".
Expressão inocente, sem dúvida, pois Santana Lopes não faz ataques pessoais.
Aliás, como esta resposta acerca da licenciatura. Não é certamente para reavivar as suspeitas de que a licenciatura de Sócrates foi irregular. Não senhor, foi apenas uma expressão inocente. Aliás, uma resposta dada em abstracto e que nada tem a ver com qualquer pessoa concreta. A associação que possa ser feita não pode passar de pura malícia.
Mas já que estamos no campo da especulação em abstracto, há outros exemplos que Santana Lopes poderia ter usado, como coisas que dele nunca disseram.
Por exemplo: "de mim nunca disseram que tenho três braços e uma cor azulada"; ou "de mim nunca disseram que fui um bom primeiro-ministro"; ou ainda "de mim nunca disseram que sou ponderado e equilibrado"; ou mesmo "de mim nunca disseram que deixei as finanças da Câmara de Lisboa em ordem".
Como vemos, são inúmeros os exemplos que Santana Lopes poderia ter usado. O facto de ter vindo reavivar as suspeitas acerca da vida pessoal do primeiro-ministro tratou-se apenas de uma coincidência.
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