23 de setembro de 2009

O jornalismo é feito para informar?

Já estou farto de tanta desinformação. Surge uma notícia num dia e durante os dois ou três seguintes faz-se campanha em torno disso. Mais tarde vimos a saber que a notícia era falsa.

Agora é esta:
"A proposta para o congelamento da nota de "Muito Bom" ao Juiz Rui Teixeira foi da autoria de Laborinho Lúcio, elemento indicado pelo Presidente da República e que chegou a ser ministro da Justiça e não dos três elementos indicados pelo PS como aventado numa primeira fase. O caso foi mesmo usado pelo PSD para acusar o PS de perseguir juízes que prendem membros do PS." (
RTP.pt)

Mas não serão os jornalistas responsáveis pelas notícias que publicam? Porque é que publicaram a notícia (e a repetiram sucessivamente) sem confirmar os factos? Ainda por cima, pelo que se sabe agora, a suspensão da nota foi feita de acordo com o definido na lei e não por qualquer perseguição política.

É verdade que depois os casos vão sendo esclarecidos, mas fica sempre a suspeição. E, entretanto, serviram para influenciar os resultados eleitorais e denegrir a imagem de alguém. Para mim, quem fica com a imagem denegrida são os jornalistas que se prestam a estes fretes (porque é evidente que as notícias falsas não são inocentes) e os políticos que as aproveitam para fazer campanha contra os adversários.

3 comentários:

  1. Mais um bom exemplo daquilo que é o ar anti-PS verdadeiramente irrespirável na comunicação social e muito criticável sobretudo porque os jornais não assumem que têm uma linha editorial com tendência política. Pregam a isenção mas é mesmo só pregar. Não acredito em qualquer engano ou incompetência no trabalho desses jornalistas. E assim percebo a Dra. MFL quando fala em asfixia...

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  2. Henrique, não é com certeza por acaso, que lhe chamam o 5º Poder. E em bom rigor, nos dias que correm, diria que subiu uns degraus.

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  3. Lembro-me de há uns anos atrás, alguém me dizer que tinha deixado de lêr Jornais, e lembro-me de uma primeira reacção ter pensado: que estranho (vindo de quem vem...). De quem vinha, era uma pessoa inteligente (bom...talvez por isso a decisão), interessado nos outros e em si próprio...confesso que a principio não compreendi bem, nem o como nem o porquê. Mas tenho quase a certeza de que os motivos por detrás da decisão, não estarão muito distantes daqueles que agora comento.
    Um abraço.

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