Não vejo programas televisivos em que se discute sobre futebol, mas quando por lá passo a meio do zapping vejo sempre as mesmas posturas: quando a bola bate na mão de um jogador da minha equipa é sempre "bola na mão", mas se for da equipa adversária é de certeza "mão na bola".
Cavaco disse-nos isso mesmo.
Segundo ele, não há problema nenhum em que um cidadão, que por acaso é membro da Casa Civil da Presidência da República, manifeste as suas preocupações pessoais a um jornalista, mesmo que se a propósito de uma suposta vigilância do Governo à Presidência. Eram só as legítimas preocupações de um cidadão. Foi "bola na mão".
Mas existirem dois deputados do PS a exigirem que o presidente esclarecesse se havia assessores seus a participar na elaboração do programa eleitoral do PSD, tal como tinha sido noticiado na comunicação social e replicado no site do PSD, isso sim é muito grave. Para Cavaco, foi "mão na bola".
Sei que é muito difícil para um comentador desportivo distanciar-se do seu afecto clubístico. E, como é sabido, os afectos interferem na percepção e no juízo. Será com esta visão que poderemos condescender com Cavaco. Mas não é isso que esperamos de um Presidente da República.
30 de setembro de 2009
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... mas não pode o árbitro decidir-se pelo cartão vermelho alegando que, em virtude de duvidar da graduação dos óculos receitados pelo médico, lhe pareceu possível que a relva fosse mais comprida que o regulamentar...
ResponderEliminarO facto é que Cavaco, mais do que estar encurralado, sabe que foi ele que se colocou nesta situação surreal e absurda (ou foi mesmo ele que a provocou) e veio tentar um "golpe de asa" para o qual não está manifestamente capaz em termos de resistência psíquica.
Reforcei a minha convicção (e garanto que as minhas convicções são tão fiáveis como as do prof. Cavaco) após a ridícula mensagem presidencial de que devemos seguir atentamente os relatórios clinicos da presidência.
Nota ao blogger:
Claro que este post é uma brincadeira, até eu tenho algumas dúvidas se acabei por o escrever ou não, mas se porventura fôr realmente recebido é muito provávelmente falso e, mais do que isso, é uma prova de que alguem anda a ler aquilo que eu tenho dúvidas de ter escrito...
tenho dito