22 de setembro de 2009

À distância de um evangelho

O watergate à portuguesa vem mostrar que Cavaco Silva e Manuela Ferreira Leite estão separados por um evangelho.

Enquanto Manuela Ferreira Leite se inspira no Novo Testamento, seguindo de forma dedicada o seu messias (que lhe deu o fantástico argumento da asfixia democrática), Cavaco é mais leitor do Antigo Testamento. Ao sacrificar o seu fiel Lima, nada mais dizendo sobre o assunto, Cavaco elegeu Lima como o seu bode expiatório que, como no Levítico, com o seu sacrifício limpava os pecados humanos.

Nota: não é por acaso que neste texto nunca uso a expressão "Presidente da República". Recuso-me a aceitar que este episódio tenha sido obra do "Presidente". Quando muito poderá ter sido o Cavaco, que um "Presidente da República" não comete indignidades.

2 comentários:

  1. Sabe porque é que isto acontece, Henrique?
    Porque de facto o Sr. Cavaco Presidente, pode destituir a Assembleia da Républica, mas a Assembleia da Républica não pode destituir o Sr. Cavaco Presidente. E por essa razão, faça ele o que fizer de correcto ou de incorrecto (quando digo "ele" entenda-se "ele" e todo o seu "staff"...outro Governo portanto), temos que o gramar até ao fim...concordemos ou não, com o trabalho por "eles" desenvolvido.

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  2. O resultado de sábado pode decidir as próximas eleições presenciais. Isso já eu tinha comentados com amigos. E o Aníbal parece que sabe disso.
    Será que o Aníbal sujeita-se a ser o primeiro PR pós 25 de Abril a não ser reeleito?
    (descontando o desvario do Mário e do PSna anteriores eleições)
    Será que o Aníbal levou mesmo a mal o facto não ter sabido antecipadamente da candidatura da Manuela à presiDência do partido?
    E se a Manuela perder no domingo quem virá a seguir? O Paulo do parlamento europeu? Ou será esta a vez do Pedro ex-doce?

    Sérgio

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